As fraturas são lesões nos ossos que causam a interrupção da continuidade dessas estruturas.
Fratura é uma ruptura total ou
parcial de um osso do corpo. A maioria dessas quebras ou fissuras resulta da
aplicação de força substancial sobre o osso normal.
Elas ocorrem devido a
impactos ou sobrecarga, como em caso de pancadas ou quedas, causando sintomas
como inchaço intenso, dor e, nos casos mais graves, ferimentos visíveis na
pele provocados pelas partes rachadas dos ossos.
Sinais e sintomas das fraturas
Com frequência, o corpo
envia alguns sinais e sintomas quando existe a presença de fraturas, como:
Dor forte,
inchaço, (edema) no local da lesão, vermelhidão
Sangramento
no ferimento, aumento da temperatura na região
Dormência e
formigamento da área, deformidade na região
Hematomas,
incapacidade total ou parcial param movimentar a área machucada.
Classificação das fraturas
A classificação quando ao
isolamento são: expostas e fechadas:
Fratura
exposta: o osso quebrado lesionou a pele e está exposto ao
ambiente.
Fratura
fechada: a pele fica intacta, ou seja, o osso não fica exposto
ao ambiente. Esse tipo de fratura não é identificado tão facilmente, uma vez
que não há a exposição do osso.
Classificação
da fratura quando o traço
de fratura
A. Simples: quando é único traço,
B. Fratura
cominutiva: são vários traços de
fratura, separando o osso em vários fragmentos. É produzida por um traumatismo
directo muito violento.
C.
Fratura
transversal- é produzida geralmente por uma força que
causa flexão, aplicada diretamente na fratura.
D.
Fratura
oblíqua- é geralmente produzida por um mecanismo de torção
E.
Fratura
espiralada- é produzida por uma força de torção ou
de rotação, geralmente do tipo indireto.
Os tipos de fraturas
Existem vários tipos de
fraturas, cada uma com características específicas. Aqui estão alguns dos
principais tipos de fraturas.
“As
fraturas podem ser classificadas em diferentes tipos, como fraturas completas
ou incompletas, fraturas expostas, onde o osso fica em contato com o exterior)
e fraturas de stress (causadas por pequenos traumatismos repetitivos” (Souza
& Pereira, 2021, p: 130).
1.
Fratura
completa: o osso se parte em dois ou mais pedaços.
2.
Fratura
incompleta: o osso não se parte completamente, permanecendo conectado.
3.
Fratura
simples: o osso quebra, mas não perfura a pele.
4.
Fratura
cominutiva: o osso se quebra em várias partes.
5.
Fratura
impactada: as partes quebradas do osso são empurradas uma contra a outra.
6.
Fratura
espiral: ocorre quando há uma torção do osso.
7.
Fratura
exposta: o osso quebrado perfura a pele, criando uma ferida aberta.
8.
Fratura
de compressão: ocorre nos ossos da coluna vertebral e são esmagados.
9.
Fratura
em galho verde: comum em crianças, onde o osso se dobra e quebra parcial.
10. Fratura patológica: causada por uma
doença que enfraquece os ossos, como a osteoporose.
As causas e factores de risco de fraturas
Acidentes
de trânsito ou de trabalho: impactos fortes e súbitos podem causar fraturas.
Quedas ou
pancadas: um tombo ou uma batida forte pode resultar em ossos quebrados.
Prática
de esportes: atividades esportivas, especialmente as de alto impacto, podem
levar a fraturas.
Agressão
física: golpes ou violência física podem causar fraturas.
Sobrecarga
no osso: movimentos repetitivos ou fadiga muscular podem enfraquecer os ossos,
levando a fraturas.
Problemas
de saúde: condições como osteoporose, osteopenia, tumores ósseos ou doenças
como a osteogênese imperfeita (doença dos ossos de vidro) podem tornar os ossos
mais suscetíveis a fraturas mesmo com impactos menores.
Medidas de prevenção das fraturas
Algumas medidas simples ajudam
a prevenir acidentes capazes de resultar em fraturas, os seguintes:
Manter
a prática regular de atividade física para reforçar a musculatura e o
equilíbrio
Consultar
o oftalmologista regularmente para ter a saúde ocular em dia
Manter
os ambientes iluminados
Obedecer
às leis de trânsito
Evitar
andar sobre superfícies húmidas, molhadas ou enceradas
Avaliar
os pisos e providenciar a substituição de pedaços soltos ou quebrados
Procurar
manter as áreas de circulação livre de móveis e evitar tapetes soltos
Utilizar tapetes
antiderrapantes no banheiro e cozinha
Colocar
corrimão e sinalização de degraus em escadas
Consumir
álcool moderadamente
Exame de diagnóstico de fratura
Geralmente, com o relato do
paciente e uma avaliação física é possível concluir o diagnóstico. No entanto,
é necessário um Radiografia ou Raio-x para
informar como se encontra a fratura e para imobilização. Dependendo do caso,
outros exames podem ser solicitados pelo médico, como tomografia
computadorizada e ressonância magnética.
“O
diagnóstico é feito através do histórico de pancadas, acidentes ou quedas,
exame físico do membro afetado, e exames de imagem como raio-X, ressonância
magnética ou tomografia computadorizada” (Souza & Pereira, 2023).
Tratamento de fratura
O tratamento para fraturas
inclui diversos fatores, que vão interferir com o tempo de consolidação, alguns
dependentes da fratura (osso afetado, localização, tipo de fratura, etc.),
outros do doente (idade, estado nutricional, doenças associadas). Algumas
opções envolvem:
Imobilização
com o uso de tala e gesso;
Redução
fechada;
Medicamentos;
Aplicação
de gelo;
Cirurgia.
Imobilização é um
método comum de tratamento para fraturas simples, onde o osso é mantido imóvel
para possibilitar a cura. Isso pode ser feito com o uso de gesso, tala ou
órtese. O tempo de imobilização varia de acordo com a gravidade da fratura, mas
pode levar semanas ou meses.
A
redução fechada é um procedimento não cirúrgico onde o médico
manipula manualmente o osso de volta à sua posição correta e o imobiliza com
gessos ou talas moldadas. Medicamentos também são receitados para aliviar a dor
e reduzir a inflamação.
A aplicação de gelo pode ser
útil por um período de tempo após a fratura, já que ele diminui a dor e o
inchaço, até que haja atendimento médico.
Cirurgia só é
recomendada em casos de fraturas mais graves ou instáveis. Durante o
procedimento, o osso é realinhado e fixado com placas, parafusos ou pinos,
ajudando a estabilizar e posicionar os fragmentos, causando o processo de
cicatrização e reduzindo a dor.
Em casos de fratura no cóccix,
é comum que o tratamento envolva medidas conservadoras, como recursos da
fisioterapia especializada, que podem ajudar os pacientes. Existem também os
casos de fratura peniana durante o ato sexual. O tratamento para fratura
peniana pode ser resolvido com medicamentos e antibióticos, em casos de
fraturas pequenas. Em casos que seja necessária a cirurgia, o paciente deve
usar gelo constantemente na região, tomar remédios que inibem a ereção noturna
involuntária e não ter contato íntimo por cerca de 4 a 6 semanas.
Cuidados de enfermagem de fraturas
Os cuidados de enfermagem para pacientes
com fratura incluem:
Verificar
os sinais vitais, com especial atenção ao pulso do membro fraturado
Limpar a
área da lesão com soro fisiológico 0,9% e cobri-la
Manter o
membro afetado em repouso, numa posição natural e confortável
Imobilizar
as articulações que ficam acima e abaixo da lesão, com o uso de talas
Verificar
a cor do membro afetado para verificar se tem circulação sanguínea normal,
Manter o
material de ortopedia em local de fácil acesso
Aguardar
orientação do enfermeiro responsável ou equipe atuante
Trocar
curativo cirúrgico e descrever seu aspecto
Atentar
para sinais de complicações, principalmente infecção
Avaliar e
registrar características da dor
Uma fratura é a ruptura de um
osso, que geralmente resulta de uma força importante aplicada sobre o
osso. As extremidades, a coluna e a pelve podem ser afetadas.
Complicação das fraturas
Relacionadas com a própria fratura,
Infecção,
Atraso na consolidação,
Pseudartrose,
Consolidação viciosa,
Encurtamento,
Lesões de grandes vasos sanguíneos,
Lesões nervosas,
Lesões tendinosas,
Embolia
gorda
As fraturas ósseas são uma
condição médica comum que pode resultar de traumas, quedas, acidentes ou
condições patológicas como a osteoporose. A classificação das fraturas é
variada, incluindo fraturas simples, compostas, transversais, oblíquas,
espirais, entre outras. Cada tipo de fratura requer uma abordagem específica de
tratamento, que pode variar desde a imobilização com gesso até intervenções
cirúrgicas complexas.
O diagnóstico preciso é
fundamental e geralmente envolve exames de imagem, como radiografias,
tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas. O tratamento adequado
visa não apenas a consolidação óssea, mas também a restauração da função e a prevenção
de complicações, como infecções ou deformidades permanentes.
Avanços recentes na medicina,
como o uso de biomateriais, terapias celulares e técnicas minimamente
invasivas, têm melhorado significativamente os resultados clínicos. Além disso,
a reabilitação pós-fratura desempenha um papel crucial na recuperação, ajudando
os pacientes a recuperar a mobilidade e a força muscular.
A prevenção de fraturas também
é um aspecto vital, especialmente em populações vulneráveis, como idosos e
pessoas com doenças ósseas. Medidas preventivas incluem a promoção de uma dieta
rica em cálcio e vitamina D, exercícios físicos regulares para fortalecer os
ossos e a musculatura, e a adoção de práticas seguras no dia-a-dia para evitar
quedas e acidentes.
Em resumo, a gestão eficaz das
fraturas envolve uma abordagem multidisciplinar que combina diagnóstico
preciso, tratamento adequado, reabilitação e prevenção. Com os avanços
contínuos na pesquisa e na prática clínica, espera-se que os resultados para os
pacientes com fraturas continuem a melhorar, proporcionando uma melhor
qualidade de vida e recuperação mais rápida.
Alvim Serra, L. M., Fonseca
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